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Taxa de desemprego entre jovens bate novo recorde: 31,4%, segundo IBGE
A diferença entre a taxa de desemprego dos jovens de 18 a 24 anos e da média dos brasileiros ativos atingiu 16,4 pontos percentuais no segundo trimestre.
Os dados do desemprego entre os jovens são do 3º trimestre de 2020, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD).
Na faixa etária de 14 a 17 anos, jovens que podem trabalhar sob condições específicas, como é o caso do menor aprendiz, a taxa de desemprego do trimestre de julho a setembro foi maior ainda (44,2%). Já entre os trabalhadores e trabalhadoras entre 25 a 39 anos, a taxa ficou em 14,2%.
Em todas as outras faixas etárias o percentual de desemprego é inferior à média geral. Entre os que têm entre 40 a 59 anos, a taxa é de 9,9%. Já entre as pessoas com mais de 60 anos, é de 5,1%.
A falta de trabalho para a população jovem, prejudica o futuro e aumenta a situação de precariedade em amplos segmentos da população brasileira. De acordo com o IBGE, os jovens trabalham em ocupações bastante precárias, as mais atingidas em épocas de crise e de pandemia. A avaliação da CUT é que faltam políticas públicas para assegurar postos de trabalho para os mais jovens, e manter esses trabalhadores numa crise.
Apesar das taxas de desocupação de jovens serem maiores, eles são minoria no mercado de trabalho, o conjunto das pessoas que compõem a força de trabalho, ocupadas ou desocupadas.
A população na força de trabalho no terceiro trimestre deste ano foi de 96,5 milhões de pessoas – queda de 9,2% (menos 9,8 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2019.
Desde o golpe de 2016, o problema da inclusão de jovens no mercado de trabalho vem aumentando, com a extinção de políticas públicas que estimulavam a juventude a permanecer mais tempo na escola, buscando se qualificar para ingressar no mercado de trabalho.
A técnica da subseção do Dieese da CUT, Adriana Marcolino, informa que para reverter esse cenário, a alternativa é o Brasil voltar a crescer porque só o desenvolvimento econômico sustentável é capaz de gerar emprego e renda.